se tudo em mim silencia e nada me aponta uma direção?
Como olhar o passado, se no presente me vejo sozinha em mim mesma?
Como prever o futuro se a mim cabe apenas viver cada dia?
A espera em minh’alma é o que mais me dói.
Vivo na incerteza dos dias,
vivo no fio de cada hora,
esperando que por um segundo algo me tire dessa dor que me devora!
O que me impede de enxergar o instante presente
me faz “cega” aos olhos do amor ausente.
Amor que se ausentou não por uma escolha, mas por coação... ou será por covardia?
Sinto o peso do tempo que não passa nem mesmo me traz o alento da esperança.
Onde estou? Nem sei mais!
Em tantas buscas me perdi dentro do que procurava.
Hoje procuro a essência do que antes eu tinha e não sabia.
Hoje é isso que me falta!
Mas sei que, no fim de tudo, uma grande alegria me invadirá,
mesmo que não seja plena, ou seja serena,
será a recompensa destes dias vividos na sombra
de um amor!
Vall Senna